Cadeira, solidão e possessividade

Viajei para fazer a prova da minha cadeira, aparentemente a adaptação ficará ótima. Dia 29 farei a última prova e no dia 5 trarei a cadeira para casa, problema é estar sem bateria. Uma senhora muito simpática conversou comigo e minha mãe por muito tempo, uma voluntária foi encher o saco da senhora dizendo rudemente que não se podia conversar com os pacientes.

Imprimi um quadro e a senhora da igreja que me ajuda bastante se propôs a pagar a moldura, ela e mais algumas pessoas. Entre elas uma fisioterapeuta, que se ofereceu para fazer fisioterapia uma vez por semana, de graça.

Minhas madrugadas têm sido solitárias, não ligava para isso, mas tem me incomodado. Quero viver, mas é tarde, no tempo que podia gastei com jogos e pornografia. Minha ex mandou mensagem e conversamos por duas noites.

Conversando com a ex, apareceu uma garota querendo ter um relacionamento tóxico comigo. Dormimos em ligação por três noites e na terceira a fiz se masturbar, isso fez diminuir a insegurança com a minha voz. Conto isso para ilustrar que quando estou em episódio depressivo, me afasto de Deus e me perco em prazeres carnais, virtualmente. Ouvir a respiração dela dormindo passou a solidão, é ilusão, mas ajudou. Não vou cair na armadilha do ‘I Can Fix Her’ se nem eu estou consertado. Ela tem 20 anos, conversei com ela dias antes de dormir em chamada.

Pior de tudo é gostar de ser tóxico, deixar minha possessividade agir sem contê-la. Bom, não me referia a uma solidão amorosa, mas essas coisas tiraram a minha solidão. Espero que com a cadeira consiga sair mais.

Terça, 23 de maio de 2023
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